Função de reflexividade discursiva

Função de reflexividade discursiva. Marca de valor, modo ou status dado a uma expressão por quem o enuncia. Uma linguagem também deve permitir situar um enunciado em relação a outras enunciados, ao grau de compromisso do orador com o que ele está dizendo, ou mesmo com o interlocutor. Isto significa que uma língua deve explicitar na própria fala a maneira como o orador utiliza a língua para dizer o que ele quer dizer. Este vínculo entre o ato intencional de produzir um enunciado e suas condições de interpretação é geralmente referido como “enunciação”. Esta função requer, portanto, a possibilidade de fazer com que marcas de sua enunciação apareçam em um enunciado. […]. Mas, na verdade, não é apenas em relação a situações de comunicação social que as marcas de enunciação são importantes, mas também em relação a formas de discurso com propósitos estritamente científicos. É por isso que preferimos falar desta função como uma função de reflexividade. (DUVAL, 1995, p.132-133)

Marquer la valeur, le mode ou le statut accordé à une expression par celui que l’énonce (p.91). Une langage doit aussi permettre de situer un énoncé par rapport aux autres énoncés, au degré d’engagement du locuteur dans ce qu’il énonce, ou encore par rapport à l’interlocuteur. Cela revient à dire qu’une langue doit permettre d’expliciter dans l’énoncé lui-même la façon dont le locuteur emploie la langue pour dire ce qu’il veut dire. Ce lien entre l’acte intentionnel de production d’un énoncé et ses conditions d’interprétation est généralement désigné comme ‘énonciation’. Cette fonction requiert donc la possibilite de faire apparaître dans un énoncé des marques de son énonciation. […]. Mais en fait, ce n’est pas seulement par rapport aux situations de communication sociale que les marques explicitant l’énonciation sont importantes mais aussi par rapport à des formes de discours à finalités strictement scientifiques. C’est pourquoi nous préférerons parler de cette fonction comme d’une fonction de reflexivité. (DUVAL, 1995, p. 132-133)